Investidores ao redor do mundo seguem na “bolsa de apostas” sobre o início do processo de redução dos juros norte-americanos. Buscando não criar fortes expectativas ou dar mensagens subliminares, o Banco Central de lá (FED) enfatizou que segue monitorando os dados econômicos (subentende-se como o crescimento da economia, inflação e renda disponível pela criação de empregos) para pautar o início do corte de juros.

Nesta linha, o mercado inteiro tem colocado marcadores nas datas de divulgação de dados para tentar precificar os próximos movimentos da maior economia do mundo. A mais recente combinação aponta para um possível “crescimento natural” do PIB dos Estados Unidos, combinada à criação de empregos com certo nível de inflação. Essa combinação, apesar da inclusão de fatores de conflitos geopolíticos e seus impactos nos preços das commodities, nos apresentou a bolsa americana em recordes de alta junto ao fortalecimento do dólar e instabilidade nos preços de ativos de renda fixa (ainda incertos sobre a condução dos juros por lá).

O Brasil, ao se antecipar no processo de ajuste dos juros para controle de inflação, também colhe frutos de iniciar o processo de redução da Selic antes dos demais países. Juros menores, possibilitam maior margem de crescimento! Por outro lado, nosso mercado de capitais se ve muito dependente do investidor estrangeiro (grande participação na bolsa local) e das expectativas que ainda permeiam as grandes economias, como a norte-americana. Se o juros se mantem elevado por lá e baixamos muito a taxa aqui, o investidor tende a transferir seus recursos para economias mais desenvolvidas/seguras que, eventualmente, estejam pagando maiores taxas de retorno.

Não bastasse, os ruídos locais contribuem de forma negativa para que investidores tenham desconforto em manter o recurso investido por aqui, por exemplo: ingerência em empresas como a Petrobras (não distribuição de dividendos complementares), Vale (intervenção na nomeação de executivos da empresa) e Eletrobras (revisão de termos de privatização da companhia). Em 2024 a bolsa local, Ibovespa, já recua 4,53%!

Na renda fixa os ativos de crédito privados vêm se valorizando de forma significativa, base em que os planos administrados pela Inovar Previdência têm extraído excelentes resultados no ano, tal qual, o mês de março. O avanço do dólar e do investimento no exterior também trouxe bons frutos e tivemos rendimento de mais de 2,5% no mês nesta classe. 

MOVIMENTAÇÕES: Para fins de diminuição de risco das carteiras e adequação à alocação objetivo da Política de Investimentos de 2024, resgates realizados no início do ano foram liquidados e a exposição de investimentos estruturados, através dos multimercados, foi reduzida.